Frase da semana - As pessoas pensam uma coisa, dizem outra e fazem outra. (autor - desconhecido)


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Iniciação à canoagem

Local - "Lapa" concelho - Sardoal, distrito - Santarém
Coordenadas: N 39º 32.210 * W 008º 07.066
Altitude: 175 m


Numa tarde de calor, o contacto com a água pareceu-nos uma ideia bastante razoável para passar o tempo. Escolhi um local sossegado com abundantes sobras para iniciar a minha filha na canoagem. Após uma breve teoria sobre a modalidade, passamos à prática e não demorou muito a dominar o caiaque. Agora só o tempo vai aguçar o jeito e a paixão por esta modalidade.

A canoagem de uma forma geral, engloba dois tipos de embarcação: a canoa e o caiaque. A canoa é uma embarcação aberta por cima, o caiaque, é quase na sua totalidade fechado, possui uma abertura, ou várias que se designa de poço, local onde se coloca o praticante.
O modelo de caiaque mais utilizado é o individual (K1). Existem vários modelos: o caiaque de turismo, caiaques oriundos de disciplinas competitivas, como os de descida de águas bravas ou slalom. Mas se não quisermos utilizar caiaques individuais, podemos recorrer aos caiques bilugares (K2).

Partes do caiaque

Proa: parte dianteira da embarcação.
Popa: parte traseira da embarcação.
Poço: abertura central da embarcação, onde se coloca o praticante.
Apoio de pés / Finca-pés: apoio destinado aos pés.
Carrinho: local onde se senta o praticante.
Casco: metade inferior da embarcação.
Coberta: metade superior da embarcação.

Equipamento e acessórios

Capacete: feito de polipropileno (apenas utilizado em águas bravas).
Roupa: deve ser à prova de vento e da água. Quando for praticar canoagem, providencie no local de chegada uma muda de roupa.
Colete de salvação: é aconselhável sempre que utilizamos a embarcação.
Saiote: é colocado na cintura do praticante e preso ao rebordo do poço, impede a água entrar no Caiaque: é feito de plástico viscoso e tem elástico para ficar preso ao cockpit do caiaque.
Pagaia: tubo de liga leve com duas pás na estremidade, que permite a locomoção do caiaque através dos braços do praticante.
Sapatos de borracha: Devem ser à prova de água e protegerem os pés das pedras quando é necessário andar dentro de água.

Técnica de remar

A pagaia deve basear-se principalmente na rotação do tronco de modo a suportar o correspondente esforço pelos grupos musculares mais robustos (dorsais, peitorais e cintura abdominal). O braço superior estende à frente, com a mão sensívelmente à altura dos olhos, enquanto o braço inferior puxa ligeiramente flectido pelo cotovelo, até a mão passar a linha das ancas, ocasião em que a preocupação passa a ser retirada da pá da água, pela flexão do mesmo braço. O movimento repete-se do outro bordo, num ritmo cadenciado e descontraído. Quando o vento está excessivo, pode obrigar a baixar a pagaia.

Embarque

- Antes do embarque recomenda-se alguns exercícios físicos de aquecimento, para evitar eventuais lesões, nomeadamente, rotação dos braços, ombros, tronco, pulsos, dedos, flectir as pernas e restantes articulações.
- A primeira coisa a fazer para entrar no caiaque é colocar a proa no sentido da corrente ou do vento "se houver", desta forma torna-se mais fácil de dominar a embarcação.
- A pagaia é apoiada no poço e na margem (numa pedra, tronco ou outro ponto fixo).
- Os braços apoiam-se no remo; o peso do corpo faz com que a embarcação se mantenha imóvel e que o praticante possa entrar nela.
- Entra-se no caiaque com as pernas esticadas.

Princípios gerais de segurança

- Ter consciência do nível em que nos encontamos para enfrentar águas bravas ou calmas. É evidente que águas com corrente mesmo fraca requer já alguma experiência do praticante. Se for iniciado na modalidade treine muitas horas em águas calmas.
- Verificar o equipamento antes de iniciar a descida para garantir que reúne as condições necessárias.
- Ter em atenção; conhecer o rio e aprender a interpretear a água.
- É importante distinguir as ondas que são provocadas por uma rocha.
- Prever a rota que se deve seguir por entre os obstáculos.
- Conhecer as correntes e contra-correntes ou seja; correntes no sentido contrário no troço de um rio.
- Ter em conta; que o leito do rio não é sempre igual, o conhecimento do rio costuma andar a par da aquisição da técnica. Não se deve efectuar a descida quando o nível da água for superior ao caudal habitual.
- Antes de iniciar a descida deve-se efectuar um reconhecimento a pé do troço do rio. mesmo que se trate de uma zona aparentemente tranquila.
- Nunca se deve efectuar descidas apenas com uma só embarcação.
- Durante a descida devem ser feitas pequenas tiradas para que a primeira não perca de vista a seguinte.
- As descidas de rápidos devem ser acompanhadas por guias, monitores que conheçam todos os pontos críticos do leito do rio.
- Os elementos da embarcação devem transportar o equipamento necessário para as diferentes descidas dos rápidos.
- Os praticantes devem conhecer as medidas de segurança previstas para a descida.
- É importante que algum elemento do grupo tenha conhecimentos de primeiros socorros na água.
- Saber nadar é a condição primordial para a prática de canoagem.



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